Taxa de entrega: entenda como ela é composta

Uma operação de transporte de mercadorias pode se tornar uma transação tranquila e satisfatória ou, ao contrário, uma fonte de preocupação para as partes envolvidas (a transportadora e seu cliente). Isso ocorre devido aos custos que ambas as partes devem arcar.

Essa incerteza surge de um fator muitas vezes imprevisível: a taxa de entrega genérica, que só é conhecida no final da transação. Continue lendo este artigo para entender o que é essa despesa logística e como não ser pego de surpresa por ela. Vamos em frente!

As taxas e os componentes do frete

Ao contratar uma empresa de transporte, o cliente tem uma ideia de alguns elementos que compõem o custo da operação: frete-peso ou frete-valor (um valor determinado com base no peso ou no valor da carga), impostos (como o ICMS), pedágios, seguros, entre outros.

O problema são os elementos genéricos (daí o termo "generalidades"), que não são conhecidos antecipadamente — eles são adicionados à fatura após a entrega. São taxas que incidem sobre diversos aspectos, como:

  • desafios na entrega da carga;
  • restrições ao tráfego de caminhões em áreas urbanas;
  • entregas em locais de difícil acesso;
  • horários específicos para o embarque e desembarque dos produtos.

É crucial conhecer essas taxas genéricas para poder conferir os valores cobrados pela empresa de transporte, evitando assim pagar por serviços que não foram realizados ou por valores injustificados (muito altos em relação ao serviço prestado).

Exemplos de taxa de entrega

Para ilustrar, vamos apresentar algumas dessas taxas mais conhecidas.

Taxa de Gerenciamento de Riscos (GRIS)

A transportadora pode adotar procedimentos para gerenciar os riscos do transporte (como furtos, roubos ou desvios de carga) e repassar essas despesas ao cliente. Os critérios para essa cobrança podem considerar o valor da Nota Fiscal ou a distância percorrida na entrega.

Taxa de Restrição ao Tráfego (TRT)

Algumas cidades impõem restrições de horário para a circulação de caminhões (por exemplo: apenas das 10h às 12h na área central) ou para a carga e descarga dos veículos. As despesas decorrentes dessas restrições, como o aumento do consumo de combustível e o tempo de espera, são repassadas ao cliente.

Taxa de Dificuldade na Entrega (TDE)

Essa taxa é aplicada em situações em que o cliente cria dificuldades, como tempo de espera para o embarque e desembarque dos produtos, necessidade de separação de itens ou exigências quanto à embalagem.

Taxa de Acesso Difícil (TDA)

Locais de difícil acesso, como morros, vielas, ruas alagadas ou sem asfalto, aumentam os custos para a empresa de transporte, e é justo que esses custos sejam repassados ao cliente.

Diferenciais no serviço de logística

É evidente que as taxas extras podem ser causadas tanto pela empresa de transporte quanto pelo cliente. Portanto, é fundamental que ambas as partes sejam transparentes na negociação, evitando omitir informações que possam resultar em custos adicionais inesperados.

Essa precaução beneficia todos os envolvidos, garantindo um serviço de qualidade, seguro e com preços justos, o que resultará em satisfação para todas as partes.

Agora que você compreende melhor o que é a taxa de entrega, é importante aprofundar seu conhecimento sobre o assunto para planejar adequadamente a contratação de serviços de entrega para seus produtos.

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